terça-feira, 25 de junho de 2013

Solidão, que nada.

Eu sempre achei que a coisa mais difícil que um ser humano poderia conseguir fazer e conseguir lidar com outras pessoas, viver em grupo, mas claro que eu estava enganada. Ok, concordo que não e uma tarefa muito fácil, somos todos completamente diferentes com valores e ideologias distintas, mas eu passei um mês, e só um mês sozinha, all by my self, me mostrou que a coisa mais difícil da vida do ser humano 'e conseguir lidar com ele mesmo.

Engraçado essa coisa ne? Mas e complicado, a ciência mesmo não descobriu ate hoje como funciona o cérebro, vai entender esse negocio de briga interna. Passei uma semana inteira aos prantos, estava na Inglaterra mas parecia que era a morte, chorava, ligava pra casa desesperada pedindo pra voltar, o coração implorava pra ficar mas a cabeça tava la longe, fechada que só.

Minha cabeça resolveu entrar em conflito com meu coração e o lance não era nem uma paixão, era só a questão da solidão, viver sozinha, andar sozinha, curtir sozinha e resolver tudo sozinha. Eu não fazia ideia de como doía cada fase do crescimento, achava eu que era uma adulta, ora, ia ao cinema sozinha e não podia passar um mês conhecendo coisas novas, sozinha? Entrei em choque, surtei.

Sobrevivi, vivi, nasci de novo. Continuo não gostando da solidão, mas hoje, vivo com ela todos os dias,  minha companheira mais fiel, não me larga nunca. Me ensinou que sou minha, só minha e de mais ninguém.


quinta-feira, 7 de março de 2013

Cada escolha uma renuncia

Pessoas ferem e sao feridas, ardem, queimam, sólidas como pedras, vão e voltam sozinhas, sem dinheiro, sem roupa, e as vezes até sem amor. Será?

Pode morrer por amor? Por favor, entendo seu sofrimento e prometo rezar para que tudo fique bem, mas nao apareça mais em meus sonhos, me assusta, doce, sensivel, carinho. Quanto amor.

Amar dói e leva à loucura, quem nao curte? Curte com dor, curte e acaba, a chama cessa mas dói. Separacao de corpos e nao de corações doi mais, doi pra misturar e agredir, doi pra nao querer viver mais, doi pra sumir. Quanto egoismo!!

Volte e veja o que voce deixou despedaçado, quantos coracoes arrebentados e olhos inchados, volte, mas volte com mais amor, mais humor, mais vontade. Volte renovado, sem dor, mas entenda, ela voltará, aos seus braços, no seu peito furando a unica coisa que ainda bate em voce.

Volte assim, com sabor, com desejo, volte e grite bem alto no meu ouvido tudo aquilo que voce diz pra me acordar, mas volte sem rancor que ela tambem volta pra voce.

Volte assim, sereno, sem lembrar do que passou. Volte mas antes descanse bem, estarei lhe esperando para me dizer que doou amor, viveu amor, morreu de amor.

Mas volte doido pra amar de novo em cima de quadro rodinhas, na frente de milhoes de pessoas, volte com vontade, só volte.








* Muita coisa estranha em pouco tempo, que papai do céu te proteja sempre, muita luz nessa nova jornada. Mais sucesso, mais amor, mais vida em outras vidas.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Vida que chama e segue.

E parecia que o chão tinha aberto um buraco que a cada dia ia ficando mais fundo, fundo, fundo...

As cordas eram jogadas em sua direção mas nenhuma te alcançava. Não te alcançava porque você nao estava ao alcance ou nao queria ser salvo? Ouvia todos gritando seu nome e voce naquela inércia sem conseguir ao menos piscar os olhos direito.

Era tanta dor, que consumia todas as suas células. Uma hora, voce ia explodir. Os remédios não faziam efeito, e até o programa mais engraçado da televisão não lhe arrancava um meio sorriso.

Voce ouvia e ignorava, queria sentir a dor até o fim, até a última gota, última gota.

Como um sopro forte, o cabelo esvoaçou e voce ouviu uma voz, uma voz doce te chamando pra dançar, enquanto negava, chorava lembrando do que tinha lhe acontecido. A voz gritava com uma intensidade enorme ao passo que voce queria ouvir só e somente só o silêncio. Até o dia que resolveu se render e perguntou quem batia à porta e incomodava a sua dor, a voz lhe respondeu doce e num tom grave:

- Sou eu, a vida te chamando para abrir os olhos e ver como sou colorida!

domingo, 17 de julho de 2011

Indagação

E como lidar quando a saudade te pega jeito, te faz sonhar e querer esquecer tudo aquilo que dá voltar na sua cabeça fazendo-a chacoalhar de um lado pro outro cada segundo do seu dia?

E ai, sentiu um vazio intenso?

pois é...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

point

Há alguns anos eu criei o hábito de escrever no blog, um dia parei porque percebi que era exposição demais, era fácil voce terminar com seu namorado, escrever algo melancolico e todo mundo ia saber quem era o real destinatário do texto.

O problema é que escrever em papel nunca foi meu forte, ou morreria tentando até que saisse algo agradável ou desistiria na hora, como eu pretendo ocupar muito as horas dos meus dias com outros afazeres, resolvi optar por aqui.

Eu nunca soube o quão bem me fazia desabafar todas essas letrinhas nesse blog, ainda que ninguém o leia ou que todos leiam e não comentem, eu nunca tive o prazer de me sentir sufoca, escrever, e ficar aliviada. De todo, uma insônia me fez lembrar da existência de um dos meus lugares preferidos da internet, e eu nao resisti. Confesso até que esqueci a senha, mas recuperei. Ai de mim se não a tivesse recuperado.

Uma coisa eu sempre disse, nunca fui muito de falar, falo besteira, brinco, rio e as vezes falo sério brincando, mas meu forte é esse, me esconder e falar sem ninguém olhando, talvez por medo, por auto julgamento, quem sabe? Meu forte é esse.

E ainda que todos saibam o destino dos meus textos... Bom, melhor que tenha endereço certo e faça efeito, mas que faça efeito em mim. Ta aí uma experiencia pra anotar naquele caderninho da Marilyn pra não esquecer o resultado.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Gelo



E já não me importa mais o que vem a ser a opinião alheia.






O que pensam, o que falam, o que fazem, tantas vidas vazias sendo apalpadas por corações sem calor e sem cor, que a cada dia que passam procuram alguém pra juntar os cacos e formar um um que se solta e vive sozinho mais uma vez procurando alguém que o quebre, e em seguida alguém que o monte, mas nunca alguém que o conserve.






Conservar corações, muitas vezes é conservar sofrimento. Pessoas esquecem que conversar corações, pode ser conservar amor, o sofrimento a gente esquece, passa por cima, supera. O amor, não. Tá ali, adormecido e exalado como sopros fracos em cada fase da vida com uma intensidade menor que a de antes e maior que a próxima. Bem maior que a próxima.






Conservar o que? Pra quem? E porque, né? Tem gente que prefere ser gelo ao inves de derreter e sentir queimar.. Tem gente que prefere não perder a razão e continuar ali, frio, sem calor e sem cor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Por um segundo



E por um segundo foi como se o sol tivesse voltado a brilhar, ainda que o vento lá fora seja frio e seco.






Por um segundo ler as paginas daquele livro junto ao arzinho fresco e boa companhia pareceu ser o melhor programa pra uma quarta feira cinzenta.






Por um segundo pensar que não preciso lembrar daquelas coisas, pareceu ser um bom lembrete.






Por um segundo sentir a brisa quente da inspiração voltando soou melhor do que continuar fria, gélida e dura, por dentro e por fora, como se nada penetrasse num coração que endureceu, um coração que nao vive, mas renasce todos os dias, doente e frio, quente e doce no ar desse inverno invejo o sentimento que nasce e renasce, doce e quente.






Colorido e completo, quebrado, aos pedaços, porém colorido, completo e quente. Dói reconstruir, mas só reconstrui quem vive e revive, e sonha, e vive, vive com garra, com dor e amor, com tédio e sonho, com medo e força.






Colorido, completo, quente, frio, doce, amargo, fases. Fases que vão, voltam, passam e não voltam, graças a Deus não voltam, vão e ficam, ficam lá, escondidas no fundo do baú com todos os livros e lembranças jogados por cima para nunca mais voltarem à tona.






Lembrar...

Lembranças, doces lembranças, que saudade, que dor, que amor, que vida. Vive, revive, nasce, renasce. Só assim poder dizer, eu vivi, eu senti e continuar vivendo. Morrer e continuar vivendo, doce e amargo, feliz e contente, triste só em fases que vão e não voltam.


.....

.....


Vão e não voltam.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dói

Eu não sabia que doía tanto amar, gostar, doar-se por alguém, nunca achei que o fim ia doer.

No fundo, toda aquela baboseira de guardar as boas lembranças não fazem sentido nenhum no começo, a cabeça embola, as emoções transbordam e nada faz sentido. Parece que, se não te puxaram o tapete, tiraram todo o seu chão, o coração aperta, dói, fica cheio de mágoas que parece que vc explodir. Acordar no meio da noite chorando não vai ser surpresa.

No fundo, tudo aquilo que te falaram de um amor cheio de flores, é mentira. Amar dói, amar dói tanto que esmaga, fura, perfura, amor sem dor não existe!

No fundo, bem lá no fundo, muito no fundo, ainda que a luz não exista, ainda que ela nao se prontifique e não esteja acessa, ainda que exista dor e mágoa, ainda que nada faça mais sentido, que você não veja mais graça em nada, que nem a companhia dos amigos seja o suficiente pra curar tudo isso... Ainda sim, passa.. Um dia, talvez daqui há muitos dias, meses, anos.. Quem sabe.. Passa.

No fundo, bem lá no fundo, eu digo, amar dói.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

3bBand


2010 começou já com um ar de medo do que estaria por vir, pensar em separação, mudança total de fase, não conviver mais com os mesmos todos os dias, tantas coisas novas e estranhas começaram a surgir, e aposto que na cabeça de todos nós.


A palavra que mais doeu e corroeu toda a nossa turma, sem dúvidas foi 'separação'. Desde os primeiros dias de aula já surgiam as idéias de encontros mensais, mas calma! Tínhamos um ano inteiro pela frente e que ano!! Ao passo que as dúvidas iam sendo esclarecidas e as provas feitas, íamos percebendo que o final se aproximava, passamos por dias descontraídos, outros de muita tensão e outros tantos descontraídos que apesar de muita tensão, nunca deixaram de estar presentes.


Ainda que o medo nos perseguisse por pensarmos em estarmos sozinhos em uma nova fase não tão longe, o alívio vinha acompanhando também, alívio de diversas formas, de não estudar aquela matéria que não nos agrada ou das aulas à tarde, enfim, alívio de querer passar de ano e finalmente dizer que foi sobrevivente do vestibular.


Na verdade, o terceiro ano nos reservou muitas coisas boas, fizemos o que nenhuma turma conseguiu fazer, construímos uma amizade, dividíamos de lanches à provas e o fato era unânime entre os componentes, ainda que contra, no fundo eram todos a favor e gostavam, descontraíam aqueles dias maçantes de aulas, e nisso, éramos phd's.


Em sí, a turma não seria nada se não fosse por cada um de nós, cada pessoa com pensamento diferente, uma idéia oposta e estava pronto um debate para uma decisão que, com certeza, não sairia tão rápido. Talvez, mais uma de nossas qualidades, seja indecisão. Depois de tantos dias compartilhando e convivendo, aprendemos os limites uns dos outros, aprendemos mesmo que secretamente a respeitar e gostar de cada um como ele é sem julgar ou reprimir, apenas aceitar. Já ouvirmos a seguinte frase que resolvi relembrar, para que definitivamente não esqueçamos: "tenho certeza que todos nós esperamos que esse ano tenha sido muito mais que um simples aprendizado, mas um aprendizado para a vida inteira, que lá no fundo, essas coisas que talvez não demos valor hoje, sejam essenciais para um futuro profissional brilhante."


Talves não nos encontremos todos os dias, talvez não frequentemos os mesmos lugares, mas que assim que pisarmos fora desse auditório nos lembremos de todos os bons momentos que aqui passamos, juntos e unidos como turma, porque são esses os que ficam. Que ao sairmos daqui, tenhamos consciencia de que a responsabilidade é do tamanho da liberdade e que para sermos profissionais brilhantes, basta que sejamos nós e nunca nos esqueçamos das raízes.

Que nessa nova fase, possamos entender, compreender que os amigos nunca se vão, ainda que longe, perto, ainda que ausente, presente. Que nessa fase, tenhamos espaço para nós e talvez daqui a um tempo, tenhamos espaço para as famílias e que esse ciclo nunca se feche.


Que ainda com todos os contratempos que o mundo profissional nos reserva, tenhamos sempre espaço para voltar a sermos criança e relembrar os apagadores colados no teto, os terremotos via Luiza Correia, os surf's na mesa, os casos de família, as músicas da 3B Band, enfim, tudo o que fez parte da nossa inesquecível Comunidade Hippie.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Onde?

Ela vem sofrida, como que se estivesse procurando por um espaço pra sair,

mas a abertura é tão fina, que vem pingo a pingo, gotejar no meu teclado.

Não está mais nas páginas de caderno, no bloquinho da Marilyn, ou no rodapé das provas...

Onde estás então? Porque te prendes?

Me diga onde lhe acho,

vou à procura numa sede imensa de tomar cada gota e matar minha sede!

Sede essa que me persegue todos os dias,

cada segundo tomado por uma nostalgia de não ter-te presente.

Inspiração, volte!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Escassez de letras

Gosto de sentar e escrever sem ter motivo, bem assim, com os assuntos pela metade e as frases mal ditas em um texto comprido e denso.
Gosto de não ter sobre o que falar e conseguir falar, expressar sobre o desconhecido e inimaginável, conhecer aos poucos minhas ideias e admira-las.
Gosto de ter dentro de mim um livro aberto sempre em uma página diferente, as paisagens são lindas e acredite, em breve serão verdadeiras.
Gosto de pensar sobre o futuro, imaginar as amizades, a casa, a rua e até a faculdade! Gosto de ter em mim mais sonho que realidade, fantasiar e realizar.
Quero ter sobre o que falar, não conhecer o assunto, pesquisar, olhar tela por tela, decifrar os traços de cada pintura e entender que cada cor tem seu porquê.
Quero ouvir músicas e imaginar seus compositores bem assim, sentados e escrevendo ser ter motivo, por gosto, necessidade, vontade.
Sede de inspiração num deserto tão grande de informações...

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

O valor de uma recordação

Me lembro bem do último carnaval, conheci uma menina que me passava uma energia muito boa, não demorou muito e criamos um vínculo, fraco, mas os assuntos corriam soltos.
Durante as trocas de informações, muitas vezes ela me passava uma idéia de sabedoria, inteligencia que condiziam bem com o estilo, cabelos pretos ondulados, um corpo um tanto quanto escultural com algumas gordurinhas mas bem destribúidas em um jeans com camiseta e all star. Confesso que sempre invejei aquela inteligência, via as pessoas à nossa volta e todos olhavam fixamente a menina interpretar, fazer piadas inteligentes e contar experiências em meio aos beijos do namorado.
Era incrível! Eu sempre quis ter tantas histórias pra contar, tantas piadas pra fazer, sempre quis entender um pouco mais de política, história e geografia, mas algo me dizia que nunca ia chegar aos pés dela. A menina ainda escrevia! Puxa! E como escrevia bem, palavras robustas, textos reflexivos, complicados à qualquer inciante, parece que as aulas de redação surtiam um efeito especial e tentador.
Além de todas essas qualidades, possuia uma inspiração sem igual.
Outro dia, reencontrei essa menina quase que realizada, seus objetivos tinham sido alcançados e estava mais bonita do que nunca, mas algo estava diferente, os olhos já não se voltavam mais pra ela, parecia tudo uma imagem feita que foi desfeita com o tempo.

A menina já não escrevia mais tão bem e a inspiração não era mais de dar inveja.
Corri pra casa e peguei meu bloquinho pra fazer as anotações do dia, quando parei pra analizar o encontro, me peguei pensando que a história e a geografia eram quase parte de mim (ok, a geografia nem tanto), as minhas piadas cada vez mais se tornavam inteligentes e todos os olhos podiam não se voltar pra mim de uma vez só, mas pouco a pouco conquistei alguns, conquistei o melhor par de olhos que eu poderia ter conquistado.
Parei de escrever no bloquinho e dei uma olhada pra ver se não tinha esquecido nada, as unicas palavras que estavam escritas eram:
Menina porque te perdestes? Não vês que ainda tens o mundo em tuas mãos? Agarre-o! Mas, por favor, ache tua inspiração, creio que sem ela, não serás nada.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Indecisão tardia


Nunca achei que eu fosse uma péssima escritora até chegar no ultimo ano da escola. Escolhi o jornalismo como estilo de vida há anos e só hoje me peguei na dúvida se terei sucesso na profissão. Meus textos não são divertidos e estão bem longe de serem bons, vejo outros blogs e parece que as palavras saem das bocas de seus autores como o sol brilha durante o dia, é tudo tão fácil, errante, gostoso que me dá desgosto de olhar pra cá e ver uma adolescente revoltada achando que está nos anos 80 e pode mudar o mundo... Coitada, longe disso!


Nunca tinha reparado que meus textos não têm tantos fundamentos assim, a maioria é sem pé nem cabeça e realmente passam a mensagem de uma menina apaixonada pela vida, mas ainda confusa... Quisera eu não ter tido dúvidas!


Agora me vejo em uma ponte, sem saber se pulo no rio ou se peço carona.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Governante desse planeta!


Talvez eu nunca tenha sido uma pessoa certamente decisa, talvez meus pensamentos andassem de um lado para o outro tentando olhar por todas as vertentes de um assunto, por menos complicado que fosse. Talvez eu seja sonhadora demais e viva imaginando um príncipe no cavalo branco com palavras doces, talvez eu seja simples demais e não tenha a mínima coragem de assumir um 'gostar de alguém'.

Pode ser um pouco de narcisismo, mas algumas frases minhas me chamam atenção pela simplicidade do momento. Eu sempre quis um amor diferente, que superasse as expectativas e durasse pra sempre, mas o pra sempre, sempre acaba. Eu sempre quis uma viagem pra ficar guardada na memória e poder contar pros meus filhos e netos, não tive só uma, tive várias, umas me perseguem com cicatrizes pelo corpo e outras, carimbos na memória. Sempre quis amigos que vivessem o dia todo junto comigo, e hoje, tenho uns 54 pelomenos.

O mundo gira tão rápido que a gente não ve os anos se passando, as pessoas indo e voltando. As folhas caem, o sol renasce, a lua cresce e mingua. Enquanto os passáros colocam seus ovos em seus ninhos quentes, uma bala entra pelo corpo de alguém. Enquanto o sol nasce e o palco é armado, alguém é arrebentado.


Queria eu ter o controle desse mundo. Será que saberia lhe dar com todos os problemas? Fome, dor, miséria, desastres ambientais,. Não... Quem me dera ter o poder de saber governar esse mundo que a cada dia que passa fica menor, as fronteiras se extinguem e mesmo que movimento de rotação e translação defina cada passagem do dia e do ano, o sol nasce pra todos, mas o inverno também chega pra todos. Pobre do homem que ainda não descobriu que a beleza de viver está em não ter medo. Sábio aquele que vai além.


Além do mar, do horizonte, do amor. Além da vida.
Eu não consigo concentrar o texto em um único assunto, esse surgiu assim, do nada. BAM!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Nina by Nina Ricci


Aquele amarelo misturado com vermelho chamou-lhe atenção, as cores vibrantes pintadas à pincel cuidadosamente mal acabadas jorravam sentimento.

Um sabor doce para repor a glicose, um perfume cítrico, cheiroso ao longe em formato de coração, machucados não lhe pertenciam, livre para rolar os gramados e confirmar a lei da gravidade com uma dor de cabeça ao pé de uma árvore.

Cada mordida uma alegria, as melhores estão no topo. Objeto de desejo e sedução com uma fala incrível aos apaixonados, comparada tantas vezes as mulheres...

Sim, estão no topo, só as melhores!

domingo, 6 de junho de 2010

Amor antigo,

"As vezes te odeio por quase um segundo,
depois te amo mais..."
Cazuza


Ainda lembro como se tivesse sido ontem, nos conhecemos de uma forma tão normal que eu quis negar, disse não por duas vezes e jamais imaginaria que se tornaria algo tão forte.
Dois meses depois estavamos nós ali, prestes a começar algo verdadeiro, os versos de Cazuza embalavam nosso romance e a cada dia que passava me alimentava dos nossos sentimentos verdadeiros e um tanto quanto exagerados. Mas e daí? Eu realmente não precisava de mais nada, bastavam que as praias depois da aula fossem com você, que os chopps as sextas feiras fossem com você e que os filmes no cinema fossem ao seu lado, bastava que as mensagens no celular fossem suas e eu estava nas nuvens.

Acabou. Entre idas e vindas, um dia a certeza do fim foi mais que concreta, e eu sabia que o muro entre nós talvez nao fosse quebrado nem por promessas feitas.
Fico pensando, tolo aquele que diz não se arrepender do que já fez, eu me arrependo. Sei que as decepções eram constantes de ambas as partes e ainda assim perdoavamos tudo, menos o respeito. Aquilo martelou durante um longo tempo, e poe longo nisso, e hoje... eu queria dizer que sinto raiva, que consigo te odiar e que não penso em você, mas seria pura mentira. Talvez essa aproximação rápida e inesperada me trouxe lembranças tão fortes que nem eu saiba exatamente o que isso significava além das noites mal durmidas.
Os sonhos me levam ao nosso passado, os casais romanticos de todos os filmes me lembram todas as coisas que dizíamos um para o outro, as músicas..
Ah! As músicas, ouço a nossa sempre antes de dormir. Sempre disse que você podia me pedir tudo, menos pra esquecer, e tenho dito.

Depois de tanta raiva e tanto ódio o amor falou mais alto, e entre meias palavras um dia soltei a um confidente que o tempo pode passar, as pessoas podem se apaixonar, mas o amor quando verdadeiro, dura. Tenha certeza disso e por favor não me faça perguntas, não me arrependo se ao ler esse texto se identificar com ele, apenas faça-o e tenha mais uma certeza, eu te amo.
Com todas as letras e vírgulas que minha gramática pode conhecer, eu te amo.

Ainda que não consiga repitir isso mais uma vez, não me obrigue a dizer, apenas entenda e quando for a hora, lhe direi sem hesitar e por enquanto fique com o melhor que eu tenho, meu amor em palavras, porque quando é verdadeiro, dura.

"...será que você ainda pensa em mim?
Será que você, ainda pensa?"
Cazuza



Quase por um segundo - Cazuza ; Outra noite que se vai - Armandinho ; Oh Lua - Armandinho ; e finalmente você.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Doce


Cinza.

Era assim que ela estava, cinza. Por mais que quisesse sentir o vento no rosto, a velocidade não era suficiente, as flores não tinham cores, parecia filme preto e branco, tudo assim, cinza. O sol aparecia, a menina tentava sorrir, mas não sabia, passava os dias inteiros sem interagir com o bom humor matinal de uma manhã ensolarada. As vezes, os filmes de comédia lhe arrancavam um som baixinho do fundo da garganta, mas um sorriso que era bom... nada.

Elogios nunca lhe eram feitos, os meninos riam quando ela passava com seu saquinho de lanche na hora do recreio, sua voz se perdia na gritaria da sala de aula, e quando deitava a cabeça no travesseiro para dormir, sonhava em ser a princesa do conto de fadas.

Nunca ninguém a olhava, mas ela conseguia observar a todos, cada detalhe, cada fio de cabelo repuxado ou um olhar mais quente. Todos os dias, a família se reunia pra jantar, contavam piadas, ouviam as novidades de cada filho e riam a beça, até a garrafa de coca-cola acabar. Em uma dessas noites, a menina não desceu pra jantar, ficou em seu quarto e sua mãe preocupada, foi levar um prato de comida e lá a menina estava, sentada na cama, só com uma luz acessa, os livros do lado e os olhos presos à tela do computador.

Realmente ele era lindo, parecia um príncipe, sem marcas no rosto, bem vestido e dava pra sentir o cheiro daquele perfume do outro lado da tela.

Sem querer interromper a menina, a mãe deixou a bandeja com a comida ainda quente em cima da mesa, olhou para o espelho que refletia a menina e percebeu, que bem de leve seus lábios não estavam mais rígidos, no cantinho esquerdo um sorriso começava a se formar, as maçãs começaram a ficar rosinhas e aquele olho sem vida, começou a brilhar.

A mãe pos a mão no peito, deu um sorriso, se sentiu aliviada e virou as costas, enquanto isso, a menina começava a ganhar cor, cores de todos os tons, seus sonhos de todas as noites estavam virando realidade. Ele era real, o carinho por ela, era real! Tudo tão real, que quando a menina acordou, começou a chorar. Não queria acordar, se olhou no espelho e continuava cinza, sem maçãs rosadas, sem brilho no olhar e sem sorriso no rosto.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Humore



Todos os dias acordamos de um jeito, ou emburrados, ou de bom humor. Tenho por experiência que o mal humor, como o nome propõe, instiga coisas ruins, vibrações negativas e para o meu maior medo, pesadelos, então vale lembrar que o bom humor é um amigo de sempre, para todas as horas. Lava alma, renova e atrai só energia positiva, vibrações boas e borboletas azuis.

Quando começo a sentir que a energia tá acabando, alguém surge como estalo, seja o motivo que for, ainda rende uma longa conversa, muitas vezes depois de anos, meses, depois de desentendimentos.

Em um desses dias de muito pensar em largar tudo e dormir a tarde toda, alguém me surpreende com uma conversa no msn, em meio a insônia e medo de pesadelos, os conselhos são ditos de ambas as partes com exemplos e carinho, e aí li umas frases que martelaram na minha cabeça, pareciam mantra, coisas que todo mundo deveria ter na porta do armário pra ler todos os dias ao acordar.

Mesmo que os sonhos sejam ruins, mesmo que o pesadelo pertube, o bom humor no dia seguinte é fundalmental. É lindo sorrir, brincar de ser feliz ou ser feliz brincando. Na mesma noite dessa conversa, mudei o título do meu alarme do celular de "Sem atrasos" para "Bom humor!". Agora quando eu acordo, leio um 'bom humor' e sigo meu dia, com o fone no ouvido e um sorriso diferente.

Fico pensando, o bom humor é tão necessário e muitas pessoas são tão secas e frias, porque? Qual cor deve ser a alma de alguém assim? E a essência? Enquanto muitos passam os dias reclamando da vida, resolvi ouvir meu conselheiro (mesmo que por uma noite) e fui dormir agradecendo por tudo que eu tenho, pela sorte que eu tenho da vida que levo e sabe de uma coisa? Não tive pesadelos, não acordei no meio da noite e no dia seguinte, tudo parecia mais fácil.



Beijos e bom humor para todos!!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Ter-te enfim

Assim como tudo fora,
tudo pode voltar.
O amor que cegou,
pode voltar a brilhar.
O que está longe,
alguém pode voltar para buscar.
O que voce deixou,
ninguém pode tirar.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Clocks




Venho tentando postar enquanto há tempo, mas o tempo é precário.


Sempre o tempo, nunca teve papel principal na minha vida e nas minhas relações, ele sempre foi coadjuvante e todas vezes que eu reparava que ele tava indo embora, sorria e nascia um novo dia. Ela sempre me disse "Cuidado, as rugas vão aparecer" eu não quis acreditar, entrava por um ouvido e saia pelo outro, os desejos sempre foram maiores que o tempo e hoje estou aqui.


Aqui em baixo, ouvindo desejos alheios serem realizados como contos de fadas, assim como os meus foram, minha alegria cresce todas as vezes que posso sentir a felicidade no sorriso de alguém, mesmo que de longe. Ela deveria saber que as rugas iriam aparecer mesmo que eu não lavasse direito o rosto todas as noites depois da maquiagem. O tempo passa, as pessoas envelhecem e deixam saudade. O tempo que sempre foi um coadjuvante em minha história, hoje toma papel principal, e as rugas? Rugas dão um toque especial, a idade me chama e eu tenho que ir, antes que o tempo passe a minha frente.


A juventude não vive o tempo, o tempo que a vive, então deixe as rugas aparecerem, seu sorriso vai ficar mais bonito, deixe que suas cores se misturem, sua alma vai ficar mais limpa, deixe que os cheiros se confundam e criará perfume melhor que o das rosas.


Apenas deixe.. Trate o tempo como coadjuvante, deixe as rugas aparecerem!







Inspiração: Clocks e Green Eyes - Coldplay

domingo, 7 de março de 2010

Auto - conhecimento

Nostalgia total, parei pra ler todos os depoimentos que já recebi nos dois (?) anos de vida do meu orkut, fora os que são inaceitáveis, não por nada, mas por simplismente expressarem mais que um simples depoimento.
Me deparei com a infantilidade que persegue cada idade, o jeito de escrever, de falar as coisas, de usar gírias, com um pouco de medo continuei lendo até que cheguei ao ponto que me fez parar pra pensar " Quantos deles estavam realmente falando a verdade? " , não que essa pergunta tenha sido a mais importante que parou na minha cabeça, até porque não duvido da sinceridade de um 'te amo' perto dos fatos e de cada fase, o que me fez parar pra pensar mesmo foi a quantidade de pessoas que eu tive do meu lado quando eu mais precisei de um carinho.
Foram inúmeros depoimentos, ligações, scraps, eu lembro até hoje, perfeitamente de cada detalhe... Todo mundo passa por momentos ruins e passei por uns tres seguidos, e depois disso, as notícias ruins não paravam de vir, mas ali, bem pertinho, coladinho comigo eu tive um apoio. Eu não precisa pedir pra ser ouvida, não precisa ligar pra desabafar, as pessoas faziam isso por mim. Por mim! Fui tão amparada e cuidada mas mesmo assim a dor demorou pra passar, por tanto tempo senti como se um pedaço de mim, ou melhor tres, tivessem sido arrancados de lá do fundo, um pedaço que fazia falta. Me protegi da melhor forma que pude, fiz loucuras, cometi erros, decepcionei, briguei, fiquei de mau humor e sem energia, senti tanta falta que gritei de dor! Me escondi. Escondi o que eu sempre tinha sido, escondi meu melhor, me protegi ao me calar frente aos outros, me escondi e fui alguém que eu nunca tinha sido, e até então, não conhecia. Menti pra mim mesma e me desvalorizei, e mesmo assim, eles continuavam ali do meu lado, já eu, sempre com as promessas de ano novo, vida nova.
Mas esse ano foi diferente. Entrei com o pé direito e já no primeiro dia do ano tomei uma atitude que achava que não teria coragem, mas fui e fiz. Viajei dois meses, conheci outas culturas e outras pessoas, conheci gente de valor, que faz porque quer e não pra faze tipo e entre todas essas pessoas, conheci a que mais me ensinou. Todo mundo tem direito a erros sem cota, mas conhecer-se, saber seus limites é tão necessário quanto fazer o que é proibido. Vivi tanta intensidade nessas férias que repus a energia perdida durante dois longos anos, repus enegia e ainda tenho uma reserva escondida pra ninguém tomar de mim. Hoje, hoje eu me conheço um pouco mais, sei meus limites, sei o que me faz bem e o que me faz mal. Entre todas as drogas que eu conheço e já ouvi falar, o conhecimento sempre foi a mais satisfatória, valores novos foram agregados, sentimentos também. Minha vida deu uma volta de cento e oitenta graus e eu confesso, nunca fui tão conhecedora de mim mesma, nunca tinha olhado pra mim e reparado o quanto eu sou bonita por dentro, o quanto eu tinha escondido da minha melhor parte, o quanto eu me amo.
Pode ser narcisismo, entenda como quiser, mas eu me amo. Resolvi deixar o meu "eu desconhecido" de lado e voltar ao meu eu verdadeiro, ao eu que eu nunca deveria ter escondido de ninguém, minha melhor parte. Eu me amo, me conheço, me entendo. Tenho minhas vontades, mas hoje, meus valores são maiores. Meu futuro, meu trabalho, minha vida.
O que não presta? Vai pro lixo, ninguém precisa de restos para ser feliz, ninguém!


Inspiração: Rafaela Marinho

quinta-feira, 4 de março de 2010

Um país de poucos

Apesar de seus mais de 500 anos, o Brasil é um país novo onde as pessoas sempre agem contra o sistema, inclusive os próprios "donos" do sistema.
É corrupção pra cá, mensalão pra lá, fraudes e tudo o que envolve dinheiro está incluída na lista de "Fazeres de um político". Essa cegueira branca que impede alguns de ve a realidade se estende por quilômetros, passando por rios, praias, florestas e a tal cegueira permanece naquele que não quer ver.
É visível a diversidade do país, nossa riqueza está contida em nossas belezas naturais, somos cercados por um mar de morros exuberantes com trilhas e vistas cobiçadas por todos os cantos do mundo, nossas praias são disputadas até o último grão de areia, nossas cachoeiras até a última gota d'água e nossas mulatas... Ah nossas mulatas, são desejadas constantemente por todos que por aqui passam ou ouvem falar.
O Brasil precisa de um verdadeiro psicólogo, porque essa constante falta de vontade de viver, faz com que os "donos do poder", sejam realmente donos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Desabafo(2)

Quando a gente entra numa nova relação, parece que os sentimentos ficam à flor da pele, a vontade, o desejo e a saudade são tão grandes que entrar na internet as 6h da manhã não parece loucura, perto de tantas vezes que minha janela no msn sobe e desce pra ver se ele fala comigo. Mas uma coisa é preciso e preciosa; tempo. Nada nasce de um dia pro outro, as plantas são cultivadas, amadas dia após dia até que nasça o primeiro pontinho verde na terra e assim são as melhores relações, precisamos cultivá-las para que apenas bons frutos crescem, e pra isso, é muito importante rega-las.
Aprendi uma coisa necessária, não só agora nessa fase começoderomance, mas para vida toda, todas as fases; as pessoas precisam de carinho e espaço. Nossa natureza é ser carente! E não carente de não ter alguém, mas carente de precisar de atenção. Não precisa negar, eu sei que você que tá se escondendo aí atrás da cortina já precisou de um colo um dia, um cafuné numa tarde, um filme num domingo, e sei que já não teve companhia pra essas coisas, eu mesma já não tive, já bati o pé e mesmo assim não tinha ninguém ali pra dar uma forcinha. Quantas vezes já me peguei deitada no sofá fazendo cafuné em mim mesma? Quantas vezes já peguei o celular pra ligar pra alguém e pedir socorro. Quaantas vezes já exigi a presença de alguém pertinho só pra ver? E o que eu mais faço, quantas vezes já liguei só pra ouvir a voz? Ah.. Inumeras, e olha que ainda não cheguei nos 20.
Eu fico me esclarecendo minhas próprias dúvidas, eu sei que crianças são carentes e precisam de antenção e entendo melhor ainda quando dizem que as pessoas não crescem. Melhor ainda me entendo quando escrevi um texto no dia do meu aniversário de 18 anos falando que não queria crescer. Eu não quero crescer por dentro, não quero ter responsabilidade, não quero olhar pra cara dessa falta de carinho alheio tão de perto, eu sou criança ainda e preciso me alimentar.
Levo minha criança pra passear, dou carinho, faço cafuné, brinco de casinha e finjo morar sozinha. Penso em casar, em ter filhos, mas sou criança e não quero crescer. As vezes parece que essa rotina de cidade grande (leia-se: cidade-desespero) suga toda minha energia e eu fico murchinha. Muitas vezes fico sem saber o que fazer, como repor toda essa falta de energia e aí vem uma pergunta no formspring.me que me ajudou a refletir: "Quanto tempo você tem para si mesma?" e eu demorei tanto pra responder, porque não sei. Tive dois meses pra renovar as energias e achei que fosse o suficiente até as próximas férias, mas acho que não foi, acho que ainda não tiro um tempo pra mim mesma sempre. A minha criança precisa conhecer novos lugares, energias boas que somem, porque se for pra diminuir... Tô fora!

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Ferrari ou humano?

Quando a alma tá lavada nada perde o controle, parece sólido, fácil. Nem sempre confiança é uma virtude, mas é a única coisa que se quebra e não constrói novamente. Diamantes são duros e difícies de quebrar, mas quando quebra, ainda valem dinheiro, mas perdem o valor sentimental, e porque a confiança é assim? É tão dificil pro ser humano confiar e quando confia, quebra a cara. As vezes eu fico me perguntando, porque vivemos 'civilizadamente' se tudo isso aqui parece mais uma selva?
Eu vejo amigos passando por cima de amigos, irmãos matando irmãos, filhos matando mães e não para sobrevivência, mas por algo 'maior', um sentimento que cresce que nem Renesme, tão rápido que machuca quem mais amamos. Já fui muito clara, nada parece fazer sentido, pessoas fazem coisas além do entendimento humano e isso me consome! Não passa pela minha cabeça matar um filho, até porque eu não tenho um, mas não passa pela minha cabeça matar minha mãe, nem fugir de casa e muito menos ir morar de baixo dos arcos da Lapa. Eu sempre quis ter super poderes, voar seria o mais gratificante, mas eu jamais nesse mundo gostaria de saber o que passa na cabeça de cada um, é medonho só de pensar em pensar em conjunto com um assassino, viver na mente de um psicopata. Minha natureza me permite coisas tão óbvias e não entendo porque esse ser que se diz tão racional não consegue ver as coisas assim, complica tudo, o caminho reto nunca é satisfatório, os quebra-molas ao invés de fazer diminuir a velocidade, faz com que acelere até que seja permitido, ou não, as curvas a beira do precipício não tem barreiras pra não te deixar cair. Calma! Pisa no freio!! Vale a pena viver à 200km/h ou à 75km/h e aproveitar a paisagem das curvas? Aposto que vc já passou por uma delas e não reparou que bem em cima do seu carro corria junto à você uma borboleta azul e preta, aposto que você não ouvir o canto do beija-flor pela manhã e muito menos o ouviu o que o pôr-do-sol tem a lhe dizer.
E aí, é tentador demais diminuir a velocidade ou prefere bater no primeiro poste?

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Arrego

Há dois anos atrás, tive o melhor carnaval da minha vida. Todos os dias de praia, banho e bloco, com as melhores companhias que eu pude ter naquele ano. Ano passado, o carnaval não foi tão aproveitado assim, os blocos eram trocados facilmente por programas à dois, o que me fez ficar tão avessa a essa época do ano que em 2010 resolvi me resguardar e dizer com todas as letras, silabas e fonêmas que eu não ia de jeito algum sair atrás de todos os blocos do leme ao leblon.
Paguei com a língua em plena sexta feira de carnaval, fui convencida a aproveitar a melhor fase do ano e por mais que tenha sido dificil me render à tentação, assim o fiz. Sem dinheiro e com companhia o carnaval vem sendo completo. Consegui aproveitar as duas coisas que queria, as praias e trilhas desconhecidas pela manhã e os blocos à tarde, tão cheios e divertidos como os de há dois anos atrás.
E cá estou, entrando no banho depois de uma manhã de cachoeiras, trilhas e mirantes (literalmente) para seguir a mais um dia de blocos e seja lá o que for, é bem vindo. Carnaval é isso, diversão a todo custo sem medo.
SEM MEDO!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Cada coisa em seu lugar

Com o armário arrumado, parece que a vida muda e tudo fica mais fácil. Em novembro, ganhei de aniversário um caderninho simples, porém significativo, andava comigo pra cima e pra baixo, as músicas saiam da boca e eram postas em papel, os versos rodavam minha cabeça e em questão de segundos, BAM! Tava pronto.
Com o armário arrumado, parece que a vida muda e tudo fica mais fácil, as roupas ficam mais visíveis para pegar, os perfumes em ordem de uso e os brincos também.
Com a vida também é assim, quando tá tudo arrumadinho, aceitar novas idéias e propostas torna-se menos cansativo e agradável, aquelas pessoas chatas e insôsas viram alegres e coloridas como flores na primavera. Os dias parecem mais ensolarados mesmo que chuvosos, e tudo fica transparente, sem dúvidas, sem medos. Confesso que em dois meses nunca aprendi tanto sobre mim, meus limites e vontades, parece que agora que tirei férias da mesmisse carioca tudo ficou mais claro e mais bonito. Permitir-se é tão necessário quanto preservar-se. Claro! Temos vontades e desejos, erramos e acertamos, seres humanos são feitos de carne e osso, julgar pra quem? Julgar quem? A justiça nem sempre tá do lado certo e vida não anda pra frente sem amor. Amor próprio.


ps: mesmo com o armário arrumado e insisto em misturar os assuntos. é incrível!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

não precisa entender.

A inspiração vem sofrida, gotinha por gotinha e toda vez que o balde enche, ele vira sozinho e eu recomeço juntando gotinha por gotinha...

Mas se eu pudesse voltar atrás e retirar todas as palavras que disse.. eu o faria sem medo e com vontade. Ainda se eu pudesse não ser tão indecisa, eu também voltaria a trás sem medo e com vontade.

sábado, 2 de janeiro de 2010

A flor mais bonita

Eu sei que o nascer do dia já não te faz sorrir como antes, que permanecer por debaixo das cobertas é mais confortante que encarar as perguntas que o mundo tem a lhe fazer. Que encarar essa saudade é mais difícil que viver os efeitos positivos de um final de tarde. Minha flor, não feche esse sorriso lindo que ilumina meu jardim. Não peço que não chores, não tranques tua alma, não te percas nessa saudade que parece mais um poço sem fundo. Não percas o brilho lindo que tens. Deixa-te livre de qualquer sofrimento, permita que vivas um pouco mais alegre e sorria pra mim novamente, deixe-me ver a flor mais bela do meu jardim novamente.
As peças do teu quebra-cabeça se encaixarão novamente, peça tempo, peça sabedoria, encare isso e por favor, sorria. Tens o sorriso mais belo, não te percas novamente, apenas, sorria.
Afasta-te dessas influências negativas e jamais esqueça que tudo passa.
Jamais esqueça de sorrir. Sorria de novo, pra mim.


*Minha Flor.................te amo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Reta Final

Cá estou para mais um relato nostálgico e quem sabe até, uma espécie de balanciamento pré-fim de ano. Houve uma época em que eu postava muito mais, tudo bem que não era uma época tão remota assim, mas quase todos os dias eu vinha aqui e escrevia um pouquinho que fosse sobre algum sentimento que surgia ou crescia, e sempre era exatamente um sentimento: amor, tá certo que tive muito incentivo e não precisa pensar muito pra saber qual (ou melhor, quem) era, mas eu gostava disso.
Não que o amor tenha sido jogado pra fora da minha vida, mas esse tipo de amor resolveu dar uma trégua e eu me sinto bem mais livre assim e um tanto quanto sem novidades.

Eis que chegamos ao mês final de um ano um pouco conturbado e cheio de novidades! Resolvi criar objetivos, mas não sabia o quão dificil era apenas criar-los e assim mudava de idéia toda hora. Parei, respirei e resolvi pensar sobre quais objetivos eu queria pra mim e assim consegui focar um pouco mais naquilo que realmente importava. 2009, como em todos os anos, não foi de todo ruim, tive meus maiores e melhores momentos de descobertas, carinhos, viagens e muitas lembranças de conversas que assim por serem ditas estão arquivadas em um armário sem fundo. Tive uma série de mudanças de sentimentos, fiquei confusa e não sabia o que eu sentia, agi por impulso e magoei uns, mas também fui bem magoada. Conheci pessoas maravilhosas, aliás, 'maravilhosas' é um adjetivo bem a baixo do que eu estava procurando, mas enfim, pessoas que me fizeram conhecer mais a mim mesma e gostar mais de mim como eu sou. Conheci lugares novos, praias novas, senti a liberdade correndo nas veias. Aprendi a ouvir, a trabalhar em grupo, a gostar. Me desapeguei de pessoas, de bens materias, de sentimentos e de lugares. Ouvi mais, falei menos, observei mais, opnei menos.

Mais uma vez, mais um dezembro, mais um natal sem sal chegando.. O verão se aproxima, o calor toma conta da cidade e assim as luzes subtamente se apagam. Todas de uma única vez, o medo percorre as mentes tão rápidas que não conseguem dormir, o calor aumenta. Durante algumas horas fomos obrigados a viver cegos, como se um tapa olhos tivesse ali projetado o escuro de uma cidade enorme. As luzes se acenderam, o medo passou e não tiramos aprendizado nenhum. As chuvas começaram, o calor cessou. O sol está de volta, as praias voltando a ficarem cheias e Ipanema, o caos vivo. Formaturas chegando e passando, pessoas indo e vindo, faculdades abrindo e fechando portas. E ano que vem? Vestibular? O esforço valeria a pena? Saudade! Claro. O desânimo tenta tomar conta dessa fase final da RF e o desespero se alastra em mim.

Vamos! O ano está acabando e o vestibular chegando ...
ps: acho incrível como eu consigo mudar de assunto tão fácilmente e nem percebo!

domingo, 22 de novembro de 2009

Hum...

Quando as coisas tomam um rumo diferente, cheiro de novidade vem pela frente!
As ramificações que a vida toma, são tão inesperadas, uma surpresa por vez, um
sentimento por dentro, refletido por fora.
Ramificações exalam medo, surpresa, alegria. Prevendo uma saudade dessa fase (e que fase),
que tende a permanecer e se despedir se aviso prévio.
Eu conto as horas pro final de semana passar rápido e chegar segunda, eu conto as horas
pra finalmente dizer tchau, e um tchau glorioso, de tarefa cumprida. Eu conto
as horas pra pegar o avião e enfim... sentir saudade.
Vontade de ter e não poder, estados vão nos separar e saudade eu vou sentir,
mas e daí? Quando voltar, pra mim você vai estar, assim, feliz.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Segunda feira monótona (?)

Quando os nossos braços se encontraram novamente, meus olhos só faziam brilhar, enquanto rezava pedindo orientação, fui tomada por uma saudade de deitar em teus braços e ouvir sua voz ao pé do ouvido e quando dei por mim, lá estavamos deitados juntos numa sensação fantástica misturada com saudade e entrega e bem de perto eu pude ver o quanto você continua lindo e adorável por dentro e por fora. Percebi que ainda tens o sorriso mais bonito que já vi, e o abraço mais gostoso que já recebi. Sentia falta dos meus olhos brilhando ao ver você contar sobre seu dia, e pude perceber a falta que faz quando não ouço sua voz do outro lado da linha ou quando a mensagem que recebi não é a sua.

Confesso mais, me pertuba te ver e tão te tocar, me enlouquece querer e te ter aos poucos.. Lembro que me fez um pedido, mas e se eu me apaixonar por um outro alguém? Não, eu não posso, meus olhos brilham por você, com você. Não há espaço pra mais ninguém, não há desejo por mais ninguém, não há amor por mais ninguém.

Provas? Dou-lhe todas que quiser, só não me peça pra te esquecer.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Síndrome Peter Pan aos dezoito!


Me achava uma ninguém antes dos 12, queria tanto que chegasse e que eu pudesse assistir aos filmes no cinema sem precisar pedir autorização dos pais, fiz 12 e a vida continuou normal, ainda não podia entrar em muitos lugares que eu queria e sofri a espera dos 15. Fiz 15, tive minha festa com direito a valsa e tudo o mais, e ainda assim me faltava alguma coisa. O cinema já era praticamente liberado, as matinês também, mas nunca fui muito de ir a matinê e aos 15, a única coisa que eu fazia sozinha era ir a escola, e quando saia a noite, tinha que voltar no máximo meia noite! Fiz 16 e comecei a trabalhar, ganhei uma ligeira independencia financeira (veja bem, bem ligeira mesmo, porque eu não sabia administrar tanta grana assim), e com isso, fui ganhando um pouco mais de confiança da minha mãe, o que me permitiu chegar um pouco mais tarde quando saia a noite, leia-se, duas horas. Há! Cheguei aos 17 ainda trabalhando, e mais! Pagava minhas contas! Nossa, que adolescente não quer isso pra vida toda? Independência financeira total, e ainda consegui comprar minha roupa pro reveillon sozinha, paguei a festa de formatura, pagava meus lanches diários e todas as vezes que eu queria sair, tinha dinheiro sobrando! Só de não precisar ouvir "vai sair com que dinheiro?" era um alívio! Mas cansei. A escola exigia muito de mim e fiquei dependente de novo, e agora, mais especificamente hoje com 18 anos (DEZOITO ANOS), atingi a maior idade, não preciso mais pedir identidade pra entrar em boates, não preciso mais mentir com identidade autenticada, agora eu posso esfregar na cara de todos os que tentaram me barrar alguma vez, "eu tenho dezoito anos e daí? vou quebrar tudo!" haha, mas não é bem assim né, uma vez me perguntaram se eu estava preparada pra isso, e eu, com toda sinceridade, respondi que não. Porque estaria? Eu não quero crescer, não quero responsabilidade, não quero morar sozinha e ter medo do escuro ou talves eu queira MUITO e não saiba. As responsabilidades aumentam, o terceiro ano tá chegando, a faculdade também e eu só tenho dezoito anos. Esperei tanto por ele, rezei para que os dias e as horas passassem mais rápido e eu finalmente pudesse ter dezoito anos e agora que ele chegou, não sei onde colocar tantos números! Já dizia Pedro Bial que conhece caras que aos 40 não sabem o que querem da vida. Algum problema se eu não saber também o que quero aos dezoito? Cada vez me sinto mais um peixinho fora d'água ou muito lá no fundo dela, porque ainda que eu saiba o que quero pro futuro, não tenho certeza. E se eu desistir no meio do caminho?

Tudo bem, dezoito anos não é lá essas coisas, como toda idade, tem seu lado bom e o ruim, mas o que eu quero mesmo, ainda está por vir, minha auto escola bibiiii! Um carrinho bem bonitinho que me leve pro Rio de Janeiro todo com o tanque sempre cheio e ao som de umas músicas muito animadas nesse pré-verão carioca!


Vamo que vamo, hoje é um dia especial, o dia está lindo, já acordei com várias ligações! Cada vez mais eu tenho certeza que as novas amizades que conquistei esse ano são as coisas mais fofas do mundo! Já me acordaram duas vezes cantando parabéns, foi lindo!


Parabéns pra mim, uma dezoitona que não quer crescer!

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Vitória por nós, em nós.

Sinto-lhes informar, amores vão e vem, mas nunca são esquecidos.
Amores amigos, amores amados, como for. Amor em todos os sentidos ainda representa eternidade, ainda que não eterno. Digamos que por mais dificil que pareça esquecer alguém, pode ser saudável e até divertido. Conhecer a si mesmo e dedicar mais tempo a si é uma luta, mas a vitória é fantástica, com direito a troféu e champagne no lugar mais alto do pódium e muitos aplausos internos e externos. É visível a diferença, o sorriso e olhar que brilham por amor, mas um amor diferente, amor próprio.
Amar a sí deveria ser frase de ordem, direito humano, lei sujeita a multa caso não cumprida, mas quem são os outros quando o que importa é que o passa entre nós, por nós e em nós?
Sinto-lhes informar, amores vão e vem, mas nunca são esquecidos.
Divirta-se, amando-se, amando-me.

ps: O seu sorriso continua lindo!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Tempo

Faz falta, tempo, juntos a tarde, tudo.
Durante, porque? voltar? Até quando?
Desejo, medo, beijo, saudade, porque não?
Temer, morrer, amor, segredo e então?
Seguir, sorrir, vestir, abrir, amar, doar, tudo bem?
Ser, doer, não machucar, amar é não machucar.
Viver, sorrir, te ver, aqui!
Junto, perto, ao lado, amado.

sábado, 17 de outubro de 2009

Possibilidades da vida

"Dizem que eu sou louco,
que você manda em mim,
mas não me convencem não
que seja tão ruim..."
Cazuza


Estão dizendo por aí que eu fiquei louco, alucinado,
faço coisas sem sentido e com vontade.
Dizem por aí que não vejo mais o que é certo ou errado,
é sujeira pra todo lado!
Que coração de bandido não tem dono, é amargo.
Dizem por aí que tudo tá errado, o preto é branco
e branco é sujo!
Dizem por aí que eu to errado, que nada dá certo
e só quero dar trabalho.
Dizem por aí que não dou certo,
que faço tudo errado,
que o amargo é doce e que o doce não existe.

Acho que tá todo mundo ficando louco, alucinado!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

e eu dizia ainda é cedo

Seja dor ou pavor
ainda que necessário.
Porque tanta mentira?
Não ouço mais o que me dizes,
não vejo mais o que me mostras.
Cala-te e não me procure mais!
Nunca mais!
"ela me disse eu não sei
mais o que eu sinto por você.
vamos dar um tempo,
um dia a gente se vê."
Legião Urbana

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Muito bem recompensada

Queria escrever sobre uma coisa, mas minhas mãos imploram pra que eu escreva sobre outra. As provas estão vindo todas juntas, não estão dando descanso e do fundo do coração, eu me sinto tão cansada, me preparei semanas pra essas provas e quando me vejo em frente a elas, as letras embaralham, as fórmulas são esquecidas e todo aquele treino parece ter sido em vão. Vi o desespero na minha frente quando resolvi fazer uma prova de seleção pra uma outra escola, no caminho eu ainda pensei "um Jimmi Hendrix pra relaxar", dito e feito, porém não realizado. Jimmi Hendrix não só não me acalmou como me deixou mais nervosa ainda quando eu olhava as placas indicando as ruas e via que o meu destino estava bem próximo. Cheguei ao destino, dei uma palavrinha com o diretor, li um pedaço de um livro espírita, no meio, comecei a chorar e a imaginar o que ia ser de mim se eu não fosse selecionada para uma entrevista pós prova. Não consegui me conter, e naquela hora que tive a certeza de que nem a caixinha de Toddynho nem a barra de nutri de chocolate iam me acalmar, mas resolvi seguir o conselho da minha mãe, peguei a caneta, que hoje chamo de "da sorte" respirei umas muitas vezes, rezei e enfrentei o meu desafio. Não só o enfrentei como o venci!

E a recompensa de semanas de estudo e muito desespero? A entrevista está marcada.
Recebi a melhor das noticias que podia ter recebido esses dias, consegui reconhecer que todo o meu esforço valeu a pena, e não foi uma conquista a curto prazo e sim a médio e longo, muito longo!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Luz estrela

"Se as coisas são inatingíveis... Ora!
Não é motivo para não querer-las..
Que tristes os caminhos se não fora
a presença das estrelas."
Mário Quintana
Mesmo que eu fosse estrela do teu céu,
já nao iluminaria mais tua noite.
Mesmo que eu não seja o motivo do brilho em teus olhos,
me prenderia a esse sonho.
Ainda que teu coração já não bata mais por mim,
continuaria a te amar, mas não a me apaixonar!
Ainda que o destino evite o encontro,
continuaria a sonhar, mas não a querer realizar!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O valor de uma manhã







Não é tão ruim assim, a gente aprende, ama e erra. Erra sempre. Ser humano vive errando por aí, batendo a cabeça na parede e sempre solta um suspiro antes de dizer "Eu era feliz e não sabia". Além de errar, ser humano vive reclamando.. Nossa, como reclama! A roupa que tá feia, o corte que não ficou legal, ele que não liga, ela que demora horas pra se arrumar, o irmão que não sai do banheiro, a mãe que não pára de ligar, ... Atire a primeira pedra aquele que nunquinha teve um dia ruim, acordou com o pé esquerdo ou a torrada caiu com a manteiga pra baixo. É normal, somos todos "de lua", um dia acordamos felizes, no outro tristes, mas ao longo do dia sempre acabamos nos deparando com cenas bizarras, cômicas e românticas.. Minha escola está repleta de casais, e prefiro logo abrir o jogo, É tudo tão lindo! Todos os beijinhos e mimos, e até as brigas que duram recreios e recreios. Tenho vivênciado também muitas provas de amizade, cada bilhetinho, adesivo e até um abraço coletivo me faz suspirar. Vejo caras amarradas também.. Urg, uma mais feia do que a outra, mas não de beleza (ou falta dela), uma cara estranha que diz só com o olhar "eu te odeio!", eu achava que não ia ter nunca a capacidade de poder "retribuir" um sentimento tão caloroso desses, mas descobri que posso. Talves não retribuir ao pé da letra, mas quase me igualar. Horrível né? Mas sou ser humano, sinto raiva de vez enquando também.






As vezes eu acordo e sinto vontade de quebrar tudo só de saber que estourei todos os meus atrasos do mês e hoje é justamente aquela aula bem chata e monôtona, não só no primeiro tempo, mas como nos DOIS primeiros tempos. As vezes acordo saltitando por ter recebido uma mensagem no celular as 2h da manhã e só ter visto no dia seguinte quando o despertador toca e me visto pra ir à escola. Isso ou aquilo, sorrir ou chorar, brincar ou ficar parado.. A questão é que depende apenas de nós escolher como vamos sair de casa pela manhã, com um sorriso de satisfação no rosto, ou a cara fechada e feia que espanta todo mundo.










ps: fonte das fotos: Google


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Nacionalista sim!

Toda vez que o país entra nessa clima de festa, é uma festa! Os anúncios na televisão ficam mais coloridos e elaborados, aos finais de semana as praias enchem e os shows não param!

Mas sabe qual é a parte que eu mais gosto dessa festa toda? Olhar na tv e ouvir o hino brasileiro depois de uma medalha ganha, ou na abertura dos jogos ver as cores mais vibrantes e os fogos mais lindos. Adoro o famoso peixinho depois de uma vitória da seleção brasileira de volei e gosto mais ainda do choro de emoção no final, que nos passa aquela sensação de alívio depois de meses ou talvez anos de treino pesado.

Parece que estamos alí e fizemos parte de toda essa luta cada vez que a programação é interrompida e anuncia mas uma vitória. O peito enche de coragem, os olhos de lágrima e a emoção se deixa levar quando o estádio completo diz Eu sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Exaustão

Tudo o que eu tenho agora são nossas lembranças, adoro ficar aqui em frente ao computador olhando todas as nossas fotos, nossas conversas. Toda vez que eu pego o celular me seguro ao máximo pra não ligar pra você, disco o send e desisto antes que dê o primeiro toque. Abro a caixa de entrada das mensagem e está ali, estampado seu nome seguidas vezes, minha vontade é responder todas como se eu não tivesse respondido nenhuma, mas a única coisa que eu faço é ler todas novamente e lembrar exatamente de cada dia, de cada conversa, de cada briga.

Essa é mais uma das coisas que me consome e eu acabo caindo em contradição quando digo que consegui praticar a arte do desapego. Não consegui, assumo, não consegui, mas pode ter certeza, da minha boca não sai mais nenhuma palavra de saudade pra você, confesso, cansei.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Saudade momentânea, eu sei.

O seu sorriso é coisa mais linda, eu sempre fico sem graça quando você resolve me dar ele sem pedir o meu em troca, que acaba saindo também. O seu cabelo bagunçado consegue me fazer querer tirar todos os nós com os dedos e com a maior paciência pra não ouvir um gritinho de dor. Eu vou à Lua e volto, quando você resolve falar ao pé do ouvido o quanto é bom estarmos juntos, os gestos que você faz ao falar, as caras quando você imita alguém, e sua risada forçada, sem dúvida me conquistam. Adoro o jeito que você usa as palavras sem tentar ferir e sempre usando do seu "bom papo" pra me fazer tentar ceder as suas vontades, adoro o cheiro do seu perfume que tá quase no fim, o seu shampoo consegue ser mais cheiroso que o meu, mesmo sendo iguais, e até o seu carinho é aconchegante mesmo no calor e sem ar condicionado.

O que não me agrada mais é tentar esquecer que tudo isso foi meu um dia, e que durante esse tempo, eu aprendi e me senti mais amada do que nunca. O problema é que seu olhar sempre me diz que você também sente saudade, mas sua razão não lhe deixa falar. Eu adoro olhar nos seus olhos todos os dias e mesmo sem você dizer nada, ouvir deles o quanto nós dois fazemos falta todas as tarde sem ver filme e comer chocolate. Mas os meus olhos também dizem a mesma coisa, e minha razão me impede de voltar atrás e mesmo assim, eu sei, simplesmente sei que nosso muro de orgulho será quebrado em breve. Não vejo a hora de voltar a ouvir sua voz ao pé do ouvido me dizendo coisas tão bonitas.


Vocês sentem um alívio imenso quando acabam de escrever? Eu sinto, mas hoje não consegui traduzir sentimentos em palavras.. Isso me consome.

sábado, 12 de setembro de 2009

Um pedido sincero




Eu gosto de flores, gosto do que elas representam mas detesto o cheiro, não me trás boas lembranças. Pra mim flores significam desculpas, já reparou que todo homem quando quer agradar uma mulher, lhe dá flores? Ou vermelhas ou coloridas, mas sempre flores, as vezes acompanhadas de uma caixa de chocolates bem gostosos ou um simples cartão, que expõe um sentimento aprisionado dentro de um coração de pedra masculino.




Já ganhei flores, mas a que eu mais gostei era tão simples mas tão bonita e branca que eu me apaixonei, pela flor e pelo dono (haha).. Durou o tempo exato, vivia trocando a água, parecia minha filha, mais que minha cadela. Significou tanto que eu não consigo esquecer o dia em que ganhei.. Foi de surpresa, depois de achar que era o fim, eis que surge uma flor branca como pedido de desculpas, passei o dia todo agarrada na flor de tão feliz que fiquei, afinal, não se dá uma flor pra qualquer pessoa, certo?


Flores são lindas e puras merecem ser dadas só aquelas pessoas, que,bom, realmente merecem. Não por terem nos feito algum favor mas por terem nos feito sentir algo especial e diferente. Eu tenho certeza que além do pedido de desculpas, aquela minha flor significou isso também e por mais que tenha sido branca e não vermelha, uma e não um buquê, foi o pedido de desculpas mais bonito que eu já recebi (e mais fedido também; eca!).

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Um pouco de curiosidade

Bom, nem sempre faltar aula é algo ruim, deveria ser, mas hoje não foi tão ruim assim. Na hora do almoço, consegui ligar um pouquinho a televisão e acabei vendo um jornal que falava sobre a Bienal (começou hoje! to ansiosa pra ir!!), e não só sobre ela, mas sobre crianças tornarem-se bons leitores ou, quem sabe, escritores. Foi ai que apareceu a Munna, corrigam-me se estiver errada, mas a menina é esperta! Com doze anos já tem dois livros publicados e um dos seus desejos era ver os livros publicados em braile, para que a prima também pudesse ler-los. Imagina. Doze anos dois livros publicados até em braile. Os livros falavam sobre desmatamento, natureza, essas coisas ecológicas. Muito legal né?

Tem mais, a mini empresa começou ontem, e foi ótimo. Discutimos sobre o produto, a matéria prima e sobre tudo, conseguimos nos divertir trabalhando! Não existe coisa melhor né? Diversão é tudo. Só não conseguimos decidir de fato qual será o produto, mas ainda temos mais uma semana pra isso. É gostoso, todo mundo que estava ali tá tão animado pra começar de verdade, pra produzir, pra descobrir novas áreas, novas idéias, novas pessoas.. Esse gostinho de novidade é tão gostoso!!

Mas é aquilo, tudo que é novo demais dá um pouco de medo, e a reponsabilidade é algo que eu temo um pouquinho, ainda mais assim, todo mundo com vontade de fazer e pensar tudo ao mesmo tempo.. Porém, como um dos monitores disse ontem, A melhor forma de fazer várias coisas ao mesmo tempo, é fazer uma de cada vez.

Então tá né, hoje a tarde a prova de história me espera e to me sentindo tão mal, que acho que nem pra educação física eu vou.. Odeio ficar doente.

Beijos e muita luz!


ps: olha ai o blog virando diário ... ai ai.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O sabor de uma realização

Acabei de sair de um daqueles banhos que a gente lava até a alma, tudo de ruim sai e as boas energias da água ficam, comecei a pensar no feriado como um todo, no que ele significou pra mim.. Tô numa fase muito assim, preciso demonstrar a cada coisa sua importância, esse feriado chegou pra acrescentar, eu estava precisando disso, um pouco de paz, natureza e muito amor! Consegui tudo em 3 dias e me considero uma vencedora de toda monotonia de um feriado carioca estilo paulista, com sol só no último dia. Consegui aproveitar cada segundo de sono, de natureza, de pássaros e até de formigas vermelhas na canela, com a boa e velha mpb. O Rio de Janeiro tomou o lugar de uma viagem que teria sido fantástica pra reunir laços de amizade, mas por outro lado, estar aqui foi fabuloso em todos os sentidos. Consegui sentir a fundo o que eu não sentia há quase um ano, liberdade.

Senti como é estar comigo mesma sem precisar dizer a alguém onde e com quem estava, aprendi a lhe dar com saudade e com o desejo, descobri poucos dos imensos segredos da natureza e senti, mais uma vez, como é bom me aproveitar. É sempre assim, mudança de fase, merece mudança completa, e assim foi feito, resolvi mudar tudo, e sempre começo pelo cabelo. Tomei coragem e passei a tesoura, cortei curtinho e como foi dito por muitos, foi um corte bem ousado e rebelde, achei que eu não teria coragem, mas fui e fiz.
Pensei que ia explodir de tanta saudade (leia-se: carência) e quase explodi, mas de paz interior. Por bem pouquinho, acreditei que iria ter que me agarrar as músicas de fossa e ao arpoador solitário, mas não precisei de nada disso... Eu tive bem ali na minha frente, todas as pessoas que eu mais amo, abracei, beijei todas e como isso me fez bem! Recebi ligações inesperadas, liguei pra pessoas que eu jamais ligaria em um dia qualquer e fui a lugares que nunca tinha ido antes. Conheci pessoas novas, me dediquei ao meu estudo interior e conheci mais um pequeno pedacinho de mim, vi aqui dentro coisas que eu não tinha reparado antes, coisas que eu necessitava desesperadamente e até sabia, mas tive medo de agir e saciar minha necessidade, e hoje, saciando-a me sinto um pouco realizada..

E é assim, fase de mudanças é sempre assim, aprendemos a nos conhecer sempre um pouco mais, saber nossos limites, o limite do nosso amor, do amor próprio. Eu ainda tenho esperanças de sempre recomeçar, e como diz Frejat "... e quando estiver bem cansado, ainda exista amor pra recomeçar...", e de recomeçar, não sozinha, mas acompanhada, e muito bem acompanhada.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

doze do seis

Tão simpático e cativante, tão alegre e espontâneo, eu me lembro muito bem do seu primeiro sorriso, o qual eu me apaixonei. E foi assim, de uma hora pra outra que eu me vi sendo seduzida por lindos dentes, e daquela boca saiam palavras dificies de se entender, mas que soavam como música aos meus ouvidos. Todos os dias eu me sentia em pleno paraíso, ali, na minha frente, enquanto as ondas acariciavam a areia, e o sol exalava o calor de uma manhã de verão, assim, tudo perdia o sentido.

Cada vez mais doce, você me conquistava e por ti senti coisas jamais sentidas por mim antes, derramei lágrimas pela primeira vez por alguém, e com muita vontade. Gritei, corri, fugi. Fugi porque te perder seria me perder. Perder-me de novo e por você eu faria mais, muito mais.
Não consegui ficar muito tempo longe e voltei, voltei com uma vontade enorme de estar em seus braços mais uma vez, e confesso, nunca me senti tão bem com alguém. Podiam ser as coisas mais bobas, mas cada carinho simbolizava parte de toda saudade que eu senti por não te ter perto. Eu voltei, mas voltei por uma vez. Queria ficar mais, precisava ficar mais, tudo que eu precisava estava ali, sentado em minha frente na mesa do restaurante, e mais uma vez eu não soube como agir.

Agi errado, meti os pés pelas mãos, mas por você eu faria mais. Caí em tentações, errei diversas vezes e persisiti no erro, mas não me arrependo. Tive a noite mais sincera da minha vida, até em tão, consegui dizer-te coisas que eu jamais diria a nenhum qualquer e pude ver mais uma vez aquele sorriso lindo. Vi pela última vez o sorriso pelo qual eu me apaixonei, e com ele sonho todas as noites, sonho todas as noites o dia em que ter-te-ei novamente, e esse sim, será o meu primeiro de muitos dias felizes.


ok, o título do post poderia ser um nome próprio.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Confesso..

Como eu demoro pra entender o que meu coração precisa, o que minha alma pede. Como eu demorei pra entender que ia sentir sua falta, que tudo aquilo não foi ilusão, foi tudo verdade e a mais pura das verdades. Como eu queria ouvir sua voz de novo, ver seu sorriso e sentir seu abraço..
Ah, como eu sinto falta de você e só pude perceber agora, talvez por um erro meu, talvez por um erro nosso, talvez por não conseguir entender meu coração.
Que vontade de voltar atrás e ter você bem perto de mim!
Que vontade de nunca mais te abandonar, de sempre ao seu lado ficar!
Que vontade de gritar que eu estava errada e que eu te amo!!
... Eu te amo.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Vamos falar de música!!

Hoje eu pensei em falar de música, na verdade toda vez que eu começo a escutar uma certa música, eu fico com vontade de falar sobre o assunto mas nada me vem a cabeça, aliás, até vem Woodstock, essas coisas.

Não sei porque mas o hip hop e o eletrônico não me agradam mais, resolvi optar por outros estilos, coisas que eu não ouvia há muito tempo ou que eu sempre ouvia mas nunca estavam ali na playlist dos favoritos. Parece que hoje a música é só pra agradar, poucas são as que falam de evoluir, de revolução, da vida em si. As vezes acho que acabei nascendo na época errada (leia-se: tarde demais), porque sempre fui das músicas antigas, dos clássicos da mpb ainda que houvesse um enorme espaço para os outros tipos de música, mas esses sempre me agradaram mais.
Na verdade eu sei bem porque agora deixei de lado os estilos mais atuais e passei a me aprofundar mesmo na mpb, convivência.

Conheci uma menina fantástica, da minha sala. Um dia desses, acho que ela me ouviu cantando Zeca Baleiro e falou: "Não acredito! Achei uma fã do Zeca!" e assim as coisas começaram.. Ela me fez voltar a ouvir Marisa Monte e Adriana Calcanhoto e me apaixonar cada vez mais por Djavan e Cazuza! E todos os dias pela manhã, ou quase todos, resolvemos expor nossa paixão com simples versos cantados em meio a uma aula. Tudo bem que a gente não dá muito certo cantando, mas é sempre bom achar alguém que consiga se interessar pelo o mesmo que você e não só no aspecto da mpb, em vários outros, por exemplo, ela me apresentou ao tango eletrônico. Um estilo beeem diferente, mas bem gostoso de se ouvir e eu, apresentei a ela Janis Joplin, um rockzinho bem das antigas, da época do Woodstock mesmo, vale a pena conferir.

Acho que de Geração Coca-cola nós não temos nada, nossa geração é muito acomodada às regras, e a falta de união nos impede de lutar por aquilo que nos falta e nem percebemos. Na verdade, não sei bem se é falta de união ou união demais que nos faz diferente dos jovens que ouviam Legião Urbana, mas há algo diferente entre nós e eles. Nós, burgueses, cada vez mais apegados aos eletroeletrônicos enquando eles, cada vez mais apegados a liberade de expressão. É estranho dizer isso, mas enquanto eles julgavam o próximo de forma sucinta, nós julgamos o próximo pelo número da conta bancária. Ótimo essa evolução da globalização, falar com pessoas de outros países sem sair do lugar é fantástico, mas nem tudo tem seu lado bom. Aprendi em história que o Anarquismo defendia o NÃO, ou seja, não acreditava em Estado, não acreditava em propriedade privada, enfim, a regra era não ter regra, enquanto o Socialismo Utópico acreditava no fim da exploração homem por homem sem os pilares básicos do capitalismo, ou seja, queriam viver pacificamente.

Podiamos juntar o Anarquismo e o Socialismo Utópico pra ver no que dá. Será que gera mais igualdade entre as pessoas ou mais conflitos?

Tempo perdido - Legião Urbana

ps: Deu de novo pra reparar minha confusão né? Eu to falando de vários assuntos diferentes em um mesmo texto e tudo desorganizado! Estranho ..

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Desabafo x Confusão

Nossa, parece que em semana de provas tudo resolve vir à tona, aquelas coisinhas que mês passado eu disse que ia fazer e não fiz, o médico que eu esqueci de ir, a bicicleta que eu não consertei.. Ok, calma! Ainda não to acreditando que finalmente assinei minha carta de horror a biologia com uma nota bem baixa na prova, tudo bem, eu poderia ter assinado a carta de qualquer forma, mas a nota ajudou. Amanhã é história e pra quem quer Relações Internacionais, não gostar de história é quase um crime, na verdade, bem no fundo, eu sei que gosto, mas com essa matéria sou bem seletiva com os professores, e poucos foram realmente bons.

Precisei arranjar um tempinho pra vir aqui e expor muitas coisas, mas como sempre, não sei bem por onde começar. Eu tava lendo um livro, chamado A Cabana, o qual a personagem principal tem um encontro com Deus e em uma das conversas com Ele, os dois vão arrumar o jardim da cabana. Assim que homem vê o jardim, diz que ele é muito bonito, muitas cores e plantas e flores e tudo de mais colorido e bonito, mas uma enorme confusão, rosa com amarelo, vermelho com violeta e por aí vai.. Depois de recolher as plantas que estavam sem vida, Deus abre o jogo ao homem e diz que aquele jardim é a consciência dele, a mistura de cores e plantas significa a confusão que está lá dentro e as plantas sem vida significavam que ele estava se livrando de uma dor que morava com ele há tres anos (se bem me lembro).

É lindo o livro e vale muito a pena ser lido e relido muitas vezes.. O tempo passa e eu ainda não consegui me concentrar pra estudar, vim tirar umas dúvidas na internet e acabei cedendo à sedução do blog, mas não posso permanecer muito tempo. Ah, só pra constar, me sinto igual ao homem do livro, uma verdadeira confusão e com as plantas sem vida sendo recolhidas a cada dia. Não sei o porque, mas acho que depois de sexta, entrei numa nova fase. A fase do desapego. Desapego sem endereço certo, e em relação à tudo! To conseguindo me sentir tão bem, mais focada, mais leve, mais livre.. E como dizia Cazuza, "(...) Mas ainda tenho muitos medos, medo voar, de amar, de ser feliz, medo de fazer análise e perder a inspiração (...)"


Acho que hoje deu pra demonstrar bem a minha confusão, mas tudo bem se ninguém entender, as vezes nem eu entendo..

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Legalize já!

Calma! Não vim falar sobre drogas (se bem que sempre dá um bom texto), vim falar de algo que me assustou não faz nem cinco minutos..
Vivo me surpreendendo com o decorrer dos dias, as vezes encontro cartas antigas, coisas que eu escrevia, músicas, declarações, mas hoje, achei algo que me deixou um pouco triste. Vira e mexe, acho algumas comunidades no meu orkut que eu não lembrava de ter entrado, eis que hoje, acho uma comunidade com o seguinte nome Aborto, legalize já!

Fiquei me perguntando o que me teria feito a concordar com um absurdo desses e não cheguei a nenhuma conclusão, pelo simples fato de saber que tirar a vida de alguém que mal começou a viver é um crime e tanto! Não me dando por satisfeita, entrei e me deparei com um número enorme de pessoas que apoiam tal loucura.
Há tantos modos de prevenir não só a gravidez, como as doenças sexualmente transmissíveis, e as pessoas apelam logo pro lado mais bruto do assunto... É incrível, Deus foi um cara muito sábio, soube descrever cada pessoa milímetro por milímetro, uma diferente da outra em um mundo tão pequeno e tão igual. Tantas opiniões e idéias opostas que se chocam, tanta indignação e ficamos aqui de mãos atadas sem saber o que fazer.

Sempre fui assim, sempre acreditei que só devemos adquirir o peso da responsabilidade que aguentamos carregar, e suportar as consequências das mesmas, até questionando um pouco, mas sabendo que, de fato, é consequencia de uma escolha, e não uma escolha qualquer, a própria escolha. Escolhas são difíceis e por isso são escolhas, o uso da camisinha, por exemplo, é uma escolha, mas não tão difícil não é? Os remédios, também são escolhas..
Há tantos caminhos a serem seguidos, porque sempre temos que nos deparar com os piores de vez enquando? Ah, porque senão, não teria graça viver!

Eu fiz a minha, resolvi escolher por dizer um não bem grande ao aborto, mas e você?

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ai! Meu queixo!

Há poucos dias eu resolvi voltar a tomar gosto pelas coisas as quais eu o tinha perdido, decidi então que acordar cedo e arranjar uma prancha de surf pra passar o tempo seria uma boa opção, mas enquanto não arranjo, optei por umas simples andadas de skate e, não menos importante, de bike. Pra começar aqueles skates pequenos mesmo, de manobras que a gente tem quando criança, e não satisfeita por simplesmente ter esquecido como se anda em um, achei que já era hora de aprender a andar em um long. Talves até seja a hora, mas se alguma coisa tinha que dar errado, deu.

Resultou em quatro pontos no queixo, muitos arranhados e muitos roxos seguidos de uma inflamação na mandíbula (leia-se, dieta de líquido durante duas semanas).
Como se não bastasse, ainda tive que tomar a tal da anti tetânica.. E até parece que uma ida ao posto de saúde, é só uma ida ao posto de saúde. Chegando lá, uma surpresa! Mais uma injeção, hepatite.

Parabéns, agora além de estar semi-quebrada, tenho dois braços mega doloridos. E me pergunta se a vontade de aprender a andar de long diminuiu? Pelomenos deveria né, mas não. A sensação simplesmente foi maravilhosa, e eu digo e repito: não me arrependo, mesmo!


PS: fiz a mudança no blog há alguns dias e ai, aprovada?

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Diário?

Tudo bem, a minha intenção não era fazer do blog um diário, mas um espaço em que eu pudesse expressar, falar e gritar, tudo ao mesmo tempo sem vergonha, mas, nem sempre dá pra respeitar nossas vontades e cada vez mais eu acho que faço daqui meu diário. Confesso que esse negócio de papel e caneta não é muito comigo não, embora precise voltar aos cadernos de caligrafia, graças ao um mes e meio de férias, mas enfim, não foi sobre isso que eu vim falar.

Na verdade, pensei em escrever alguma coisa que tocasse o coração bem lá no fundo, ouvi músicas, li textos, li livros, pensei nos dias que seguem, enfim, tentei de todas as formas achar algum pretesto pra arrancar um sorrisinho de satisfação do rosto de alguém, mas no entanto, não estou sendo capaz disso no momento. O problema é que ainda muitas dúvidas passam pela minha cabeça. O meu profile no orkut já diz que eu não preciso provar nada a ninguém e parece que não é assim que as coisas seguem. Quanto mais vivemos, mais parece que precisamos dar provas de amor, carinho, amizade.. E não só isso, provas de uma boa reputação são muito bem vindas também. O segundo problema, é que eu, sinceramente, não faço a mínima questão de parecer algo que não me pertence, de me enganar a ponto de me fazer acreditar que sou aquilo que os outros querem que eu seja, e não o que eu realmente quero. É mais ou menos aquele esteriótipo que eu falei no texto passado, as pessoas querem porque querem fazer dos outros seu próprio espelho a ser seguido e assim, somos julgados (e condenados). O terceiro problema.. bom, o terceiro não é bem um problema, quer dizer, ao meu ver, é uma qualidade. Eu não sei mentir! Não sei fingir, sou péssima pra isso e as pessoas reparam logo quando eu tento fingir um sentimento ou alguma palavra. Quando eu to apaixonada, os olhinhos começam a brilhar e nervosismo aparece só de ouvir o nome dele, quando eu to com raiva eu fecho a cara e faço uma cara de nojo, quando to feliz abro um sorrisão e não preciso falar nada.
Visibilidade, transparência. Parece que isso falta nas pessoas hoje em dia. Falta um pouco de verdade.
Percebeu? A todo o momento devemos dar provas, provar que somos reais, somos transparentes, verdadeiros.. É daí que nasce a confiança? É daí que nascem os verdadeiros laços de amizade, de amor? Mas o que é verdade partindo do ponto que o real talves seja o imaginário?
Acho que eu to começando a misturar os assuntos e as dúvidas e to ficando mais confusa do que antes. Eu só queria que as coisas fossem mais simples, mais fácieis, que a gente pudesse superar tudo com um pouco mais de tranquilidade sem medo e com muita adrenalina.
Enfim, acho que eu queria o que todos queremos, um mundo perfeito, ou melhor, o MEU mundo perfeito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Natural

Um bom filho a casa torna. Sim, volta às aulas nem sempre é tão emocionante quando se espera e muito menos tão chato como se imagina. Os comentários nos corredores, os professores já de cabelo em pé e tudo o que me perguntam é: "Podia ter entrado alguém bonitinho né?" é, até podia ..
É fofoca pra tudo quanto é lado, metade engordou, a outra metade emagreceu, uns continuam a mesma coisa.. E assim, mais uma vez criamos nosso esteriótipo de beleza. Tá certo, vamos combinar que um moreno com um par de olhos verdes não é nada mal, mas o que realmente importa é a essencia. Aliás, essencia tem sido a palavra do momento, bonita não? E é ela que sempre conquista na conversa com um pouco de ajuda da criatividade e do tempo. Que fique claro que sou uma admiradora de primeira de belezas, mas ainda prefiro as naturais. Mesmo muitas vezes entrando em contradição, acordar com o cabelo todo bagunçado é um charme, pode admitir. Que o loiro seja loiro e o gordinho bem gordinho, se um dia te perguntarem o porque você é assim e anda perto de muitos sarados de academia, lembre-se de não dever nada a ninguém, e com certeza alguém ali do outro lado, concorda que a beleza natural é fundamental.

Viva às loiras, ruivas, morenas, gordinhas, magrinhas.. Viva à beleza natural, ao cabelo secado ao vento, ao queimadinho de praia, as gordurinhas localizadas. Viva à você e por você!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Isolado para lembrar

Eu mesmo. Filho da natureza sendo criado por ela, em algum lugar aonde o único diálogo permitido seria das ondas com as areias e do vento com as árvores. Onde o Sol nasce e se põe todos os dias rotineiramente nos mesmo lugares como um lindo espetáculo de beleza, de beleza da natureza. Ouvir todos os dias pela manhã os pássaros a cantar, me alimentar do que desse, como desse.. Sentir os grãos finos de areia batendo em meu corpo, e se um dia a tempestade vier a cair, que venha! Mas que venha doce e serena e saiba aproveitar cada grãozinho seco, cada flor não molhada e as faça crescer. Ao amanhecer, trarei as de volta, uma lembrança desse belo lugar, onde as rosas nascem e morrem junto ao Sol. E voltarei, desiludido cada vez mais. Eu mesmo. Filho da natureza fui criado por ela, junto a ela, e posso dizer:
- Vi todos os espetáculos mais belos da nossa existência, apreciei cada espaço de tempo, cada gota de chuva, cada mergulho no mar. Vi flores a crescer e a morrer, vi Sol e Lua, vi vento e tempestade. E agora? E agora ficam apenas nas lembranças, e sim, lembranças, são apenas lembranças.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

E o amor?

Há dias eu venho tentando mudar o foco dos textos, mas parece que minhas mãos não deixam. Eu acabo de escrever alguma coisa e cinco minutos depois quero escrever mais e mais e mais, sobre o mesmo e velho assunto, o amor.
Não que ele seja cem por centro prioridade na minha vida, claro que é uma das, mas ainda existem coisas mais importantes a serem pensadas e analisadas, mas ele insiste em ser uma constante nos meus pensamentos. Ainda que eu não saiba o verdadeiro motivo de tanta insistencia me sinto livre pra poder falar o quanto eu quiser sobre tal assunto.

Estive pensando hoje, o amor é sempre uma icognita e é sempre a mais difícil de achar o valor. De vez enquando andando pelos blogs, eu acho textos que no final sempre teem a mesma pergunta: o que é o amor? ou algo semelhante. Acho que é um dos únicos sentimentos que não podem e não devem ser explicados, já que o amor pode ser visto de várias formas, depende de quem sente, por quem ou pelo o que sente.

Djavan prefere defini-lo assim,

"Por ser exato o amor não cabe em si,
Por ser encantado o amor revela-se,
Por ser amor, invade e fim."


E é assim, tão exato, tão revelador e encantador que chega e não te dá nem o direito de perguntar o que fazes aqui. Instala-se em você e boa sorte, cuide dele. Mas é pra cuidar, sabe aquela história de tudo que vem fácil vai fácil? Pois é, com esse nosso companheiro não é assim não, ele chega de mansinho, quando você menos espera toma conta de tudo e aí pra ir embora, só o tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Como demora pra ir embora!
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
E quando vai embora, sentimos uma tremenda falta!!!!
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.
Tempo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

No fundo, é segredo

Ele dizia que tinha uma vontande louca de fugir disso tudo, ela gosta daqui e não quer ir embora.
Ele quer conhecer novas praias, novas cachoeiras e esquecer que existem compromissos. Ela quer continuar na mesma praia, com os mesmos amigos. Enquanto ele quer conhecer novas pessoas, para ela, basta que ele esteja aqui para se sentir completa. Ela gosta de MPB e ele de Groundation. Ela diz que ele tem medo, mas ele diz que quem tem medo é ela. Ele diz que a ama, ela diz que é mentira, ele pede desculpas e ela aceita. Ela tem paciência e ele é apressado. Ele quer conhecer o exterior primeiro e ela o Brasil. Ele quer conhecer os safaris da África e ela, quer diminuir a fome no mundo. Ele quer passar domingo assistindo futebol e ela quer se aventurar em uma trilha diferente. Ele diz que não aguenta mais ela e ela diz que é apaixonada por ele.
Quantas diferenças, e só de pensar que ela não liga pra nenhuma .. E ele, no fundo, também não.
Enquanto ela quer conquistar o mundo, ele quer conquistar, ela!